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16/05/2023 - Drywall
Há cerca de duas décadas, ele era um ilustre desconhecido da construção brasileira. Porém, essa realidade mudou e o drywall conta com a confiança de profissionais de arquitetura e moradores que adotam a eficácia e segurança dos sistemas para a execução de paredes para a divisão dos ambientes internos, forros e soluções decorativas, como estantes personalizadas.
Por sua facilidade de instalação e até de modificação, em um tempo posterior à obra, a arquiteta Carina Dal Fabbro, à frente do escritório que leva seu nome, é adepta do drywall por vários motivos. Entre eles, ela destaca a rapidez de execução como um dos benefícios, principalmente quando o morador apresenta um prazo curto se instalar.
“Já trabalhei em situações que o morador adquire o imóvel e precisa se mudar muito depressa. Com o sistema drywall agilizamos a obra, pois ganhamos no prazo de execução.”
Ao pé da letra, drywall significa "parede seca", em inglês. Isso porque, diferentemente do método tradicional de construção com alvenaria, não exige o uso de água nem de argamassa, o que resulta em uma obra limpa, que, de forma geral, produz apenas 5% de resíduos. “Para se ter uma base de comparação, a alvenaria gera 20% a mais”, comenta João Alvarenga, coordenador técnico da fabricante Knauf do Brasil. Em contrapartida, não pode ter função estrutural nem ser aplicado em fachadas.
Basicamente, o sistema se constitui de perfis de aço galvanizado – guias colocadas no piso e no teto e montantes verticais aparafusados nelas – onde vão presas as placas de gesso envolto em papel-cartão, o chamado gesso acartonado.
O miolo desse conjunto pode ser oco, formando um colchão de ar entre as chapas, ou recheado com materiais que melhoram o isolamento térmico e acústico.
Com parafusos e ferragens próprias, as chapas de gesso são unidas e, para camuflar as emendas, são aplicadas fitas de papel microfurado nas juntas e uma camada de massa específica para drywall em toda a superfície. Em seguida, basta lixar e escolher o acabamento.
De acordo com a arquiteta, assim como uma orquestra, a decisão pelo drywall impacta em todo arranjo da obra. Ao invés de uma obra com tijolos e argamassa de cimento para o assentamento, entram em cena parafusadeiras que fixam os elementos de aço galvanizado, formando uma estrutura para o fechamento com as chapas de gesso.
“Produzidas de forma industrializada, elas oferecem resistência aos impactos e, ao contrário do que muitos ainda possam pensar, não são frágeis e apresentam excelente performance termoacústica atestada pelos fabricantes”, ensina a arquiteta.
Para a realização dos projetos, o profissional deve determinar a finalidade desejada e seguir um manual técnico que indica as especificações do aço galvanizado, como a sua largura, bem como o distanciamento entre eles. “Em um pé-direito duplo ou mais alto, precisamos reforçar a estrutura para fixação das chapas”, exemplifica.
Uma vez erguida, a parede não requer a adoção dos tempos tão comuns aplicados na alvenaria: não é necessário a cura da argamassa para a realização do reboco, assim como o nivelamento. Tudo é bastante ágil e o próximo passo é só finalizar as emendas entre as chapas e partir para a etapa de acabamento.
No método tradicional de construção, a parede de alvenaria é erguida para, posteriormente, ser ‘rasgada’ por uma talhadeira com o objetivo de abrir o espaço para a passagem dos conduítes que receberão as instalações elétricas e todo o encanamento. Ao empregar o drywall, o ritmo da obra segue de outra forma: antes de fechar as paredes, a equipe de obra já pode realizar a passagens dos fios e canos, conforme as indicações realizadas em projeto.
“Além de ganhar tempo, sabemos exatamente tudo e onde estão passando as instalações. Essa é uma vantagem que apresento aos nossos clientes, pois em manutenções futuras, no caso de um vazamento, ele conseguirá abrir a parede exatamente onde o problema está situado”, argumenta a Carina.
Quando indagada sobre a resistência para a fixação de elementos, a profissional sabe que a antecedência também é sua ‘parceira’ para a execução das obras. Sabendo que em determinado ponto haverá a instalação de uma bancada, ela já consegue prever a colocação de um reforço em madeira ou chapa de aço galvanizado, por dentro da parede, que contribui para a resistência que o próprio gesso já oferece. “No caso de quadros, basta comprar a bucha indicada para o peso da peça”, indica.
Pensando na composição do gesso, de fato água e gesso não seriam grandes amigos. Em banheiros cujo forro foi realizado com as antigas plaquetas de gesso, dentro de um processo artesanal, com o tempo é comum constatar as manchas de mofo decorrentes da umidade.
Entretanto, o processo industrializado do drywall oferece as chapas RU – Resistentes à Umidade –, que garantem a sua performance tanto em banheiros como cozinhas, áreas de serviço e varandas. “É claro que ainda assim não podemos utilizar em áreas externas, mas em ambientes internos, utilizamos as chapas especiais, de coloração verde, com total tranquilidade”, relata Carina.
Além dos pontos mencionados, o drywall também tem outras vantagens, como:
Fonte: Casa.com.br