O sonho da casa própria é compartilhado por muitos brasileiros, especialmente aqueles de baixa renda que encontram dificuldades em adquirir um imóvel devido aos altos custos. Para facilitar esse acesso, o Governo Federal oferece o subsídio habitacional, um desconto significativo no valor do financiamento, possibilitando a compra de um imóvel próprio mesmo para quem recebe um salário mínimo.

O subsídio é uma contribuição financeira que o governo fornece por meio de programas habitacionais para ajudar as pessoas a comprarem suas casas. Ele cobre uma parte do custo total do imóvel, podendo, em determinadas situações, pagar até 95% do preço. Nesse caso, a família beneficiada precisa arcar com apenas 5% do valor total do imóvel.

O subsídio é destinado exclusivamente à compra do primeiro imóvel e considera vários fatores, como a renda familiar do solicitante. O valor do subsídio é inversamente proporcional à renda familiar: quanto menor a renda, maior o desconto proporcionado.

Por exemplo, para um imóvel de R$ 120 mil, uma família com uma renda bruta mensal que permite um subsídio de R$ 20 mil pagará apenas R$ 100 mil, financiados em várias parcelas que não excedem 30% da renda familiar mensal. Este cálculo pode incluir a renda de até três membros da família, conforme as diretrizes da Caixa Econômica Federal.

Os critérios para receber o subsídio incluem:

• Ser brasileiro ou naturalizado;
• Ter no mínimo 18 anos;
• Não possuir imóvel em seu nome;
• Não ter se beneficiado de outro programa habitacional federal;
• Atender aos requisitos de renda estabelecidos pelo programa.

Para o ano de 2024, o foco do governo é apoiar famílias de baixa renda, especialmente aquelas lideradas por mulheres, vítimas de violência doméstica ou pessoas em situação de rua. Outros grupos prioritários incluem famílias com pessoas com deficiência, idosos, crianças e adolescentes, ou aquelas em situação de risco e vulnerabilidade.

As faixas de renda são categorizadas em três níveis, tanto para áreas urbanas quanto rurais, com o subsídio disponível predominantemente para as famílias das duas primeiras faixas de renda.

Para áreas urbanas:

Faixa 1: renda mensal de até R$ 2.640,00;
Faixa 2: renda mensal de R$ 2.640,01 até R$ 4.400,00;
Faixa 3: renda mensal de R$ 4.400,01 até R$ 8.000,00.

Para áreas rurais:

Faixa 1: renda anual de até R$ 31.680,00;
Faixa 2: renda anual de R$ 31.680,01 até R$ 52.800,00;
Faixa 3: renda anual de R$52.800,01 até R$96.000,00.

O valor do imóvel que pode ser financiado varia conforme a localização e a população do município, com tetos estabelecidos para garantir que os imóveis estejam dentro de uma faixa acessível para as famílias beneficiárias.

Para beneficiários das faixas 1 e 2 do programa em diversos municípios do Brasil, o valor do imóvel pode chegar:

• até R$200 mil em cidades com menos de 100 mil habitantes;
• até R$230 mil em cidades com população entre 100 mil e 300 mil habitantes;
• até R$250 mil em cidades com população entre 300 e 750 mil habitantes;
• até R$264 mil em cidades com 750 mil ou mais habitantes.

Na faixa 3, o imóvel deve custar no máximo R$350 mil. Entretanto, como dito, quem se enquadra nessa categoria não tem direito ao subsídio habitacional.

• Posso usar o subsídio como entrada para o imóvel?

Depende do programa habitacional. No Minha Casa, Minha Vida, o subsídio não pode ser utilizado como entrada, mas você pode usar o seu FGTS para esse fim.

• Preciso devolver o subsídio habitacional?

Não, o subsídio é um desconto permanente no valor do seu financiamento. No entanto, é importante seguir todas as regras do programa para evitar penalidades.

Para saber mais sobre o subsídio habitacional e os programas disponíveis em sua região, você pode consultar os seguintes sites:

• Caixa Econômica Federal: https://www.caixa.gov.br/
• Ministério do Desenvolvimento Regional: https://www.gov.br/mdr/pt-br
• Portal do Governo Federal: https://www.gov.br/pt-br

Fonte: ImobiBrasil